Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP): uma força no Congresso em defesa das prerrogativas do Ministério Público

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Em reunião com os presidentes da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), César Mattar Jr., e da Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP), Vinícius Gahyva, e com o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma) do Ministério Público de Minas Gerais, Luciano Badini, ocorrida em Brasília na data de 24/02/2011, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) se comprometeu a defender as prerrogativas do Ministério Público contra os projetos de lei que buscam calar a instituição posto compreender que se cuidam de garantias da sociedade e do regime democrático. 

O parlamentar declarou que pretende "mostrar às vozes que querem calar o Ministério Público que há uma força em defesa da instituição e da sociedade" pois trabalhará para fortalecer o MP e garantir transparência à administração pública.
Com esse desiderato, o Senador Randolfe irá construir uma agenda comum com o Ministério Público, por meio da CONAMP, pela qual buscará reunir todos os que compreendem a magnitude da importância de impedir que projetos inibidores da atuação ministerial ganhem força no Congresso.  
O presidente da Conamp, Cesar Mattar Jr., informou que encaminhará ao senador uma relação contendo todas as propostas legislativas de interesse do Ministério Público: "dessa relação constam projetos que retiram não apenas prerrogativas e direitos dos membros do MP, mas principalmente da sociedade", explicou Mattar Jr.

REFORMA POLÍTICA
Considerando que o presidente do Senado, José Sarney, instalou, na última terça-feira (22), a Comissão da Reforma Política que, sob a presidência de Francisco Dornelles (PP-RJ), tem o prazo de 45 dias para a elaboração do anteprojeto que tem onze temas prioritários, entre eles, financiamento eleitoral e partidário, fidelidade partidária e voto facultativo, a Reforma Política, também foi tratada na reunião com o senador Randolfe.
Manifestando-se sobre o assunto, o parlamentar declarou que o Ministério Público deve participar das discussões tendo a Conamp como "protagonista no debate da Reforma Política, para garantir que as mudanças aperfeiçoem, efetivamente, a democracia no Brasil". Dessa forma, ele entende que essencialmente o "fortalecimento do Ministério Público tem que estar na Reforma Política". 

CODIGO FLORESTAL
Os representantes do Ministério Público aproveitaram a reunião para entregar ao senador um estudo técnico preparado pelo coordenador do Caoma do MP/MG, Luciano Badini, sobre o Projeto de Lei n.º 1876 de 1999, que institui mudanças na atual legislação ambiental. 
O MP luta contra a aprovação do PL por entendê-lo prejudicial ao ecossistema nacional. Ele revoga o Código Florestal e a Lei de Proteção das Florestas Existentes em Nascentes dos Rios e prevê, entre outras alterações, a possibilidade de a compensação da área desmatada ser feita em outro estado. O texto também permite que o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e os conselhos estaduais reduzam em 50% as faixas mínimas nos rios de domínio da União e dos estados.

1 comentários:

Ana Maria disse...

10 / 03 / 2011
Secretário-geral da CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, lançou críticas ao novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso.

Dom Dimas disse nesta quarta-feira (9) que a CNBB se preocupa com alguns pontos do texto em tramitação, entre eles a anistia para pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais. Ele acrescentou que o novo código ambiental deveria tratar com mais respeito as populações ribeirinhas, povos indígenas e quilombolas.

“Estamos trabalhando para discutir formas alternativas ao relatório [do novo código]. Nossa preocupação é que não seja votado de forma superficial, apressada”, afirmou Dom Dimas.

O relator do novo código florestal em tramitação na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), admitiu que o texto pode ser aperfeiçoado. Mas ele defendeu que a proposta atual protege os ribeirinhos e indígenas ao reduzir a área de preservação ambiental na beira dos rios. Segundo o deputado, pela legislação atual, as populações ribeirinhas são consideradas ilegais.

O deputado defende ainda que a votação não seja adiada. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), já prometeu colocar o tema em votação até o fim desse mês.

“Nós não temos pressa. A pressa é dos 5 milhões de pequenos agricultores que estão na ilegalidade [com a legislação em vigor]“, disse Rebelo.

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