XIXI NA RUA, NÃO!! Mau hábito é falta de educação, ofende o pudor e causa degradaçao ao patrimônio urbano

domingo, 13 de março de 2011



É este o primeiro registro iconográfico de um mau hábito do brasileiro, o de urinar na rua, onde bem lhe aprouver. A aquarela pertence a Jean Boguici e foi feita pelo artista francês Jean Baptiste Debret entre 1817/29. Ela consta do livro de Pedro Correia do Lago "Debret e o Brasil", lançado em 2008 pela Editora Capivara, onde são reproduzidas mais de 1.300 obras de Debret, muitas delas inéditas.


Nenhum artista tratou desse tema, infelizmente tão atual.



XIXI NAS RUAS DE SALVADOR

Fazer xixi nas ruas de Salvador já rendia notícias em jornais do século XIX que, vez por outra, publicavam reclamações de moradores da capital baiana incomodados com o problema. No entanto, com o progresso, a independência e o liberalismo econômico globalizante (que globalizou mais a miséria do que os benefícios do progresso),as coisas pioraram sensivelmente no que diz respeito à civilidade, à moralidade e às boas maneiras.
Atualmente, o mau hábito dos baianos de fazer xixi nas paredes dos prédios antigos - potencializado pelo costume de ingerir grande quantidade de cerveja - está prejudicando o  precioso patrimônio arquitetônico da cidade. 

XIXI NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO

Mais de 600 pessoas detidas no Rio por urinar na rua, durante o carnaval
O hábito, tão desagradável quanto costumeiro em dias de grandes concentrações populares como desfiles carnavalescos pelas ruas, de os foliões se aliviarem na via pública, fazendo o seu xixizinho encostados a uma casa, um carro, uma árvore, está custando caro a muita gente na cidade do Rio de Janeiro. Durante o carnaval, mais de 600 mijões foram detidos.
A municipalidade gasta verdadeiras fortunas com a limpeza e remoção de excrementos e urina dos logradouros do Rio. A falta de educação de alguns, aliada também à falta de bons banheiros públicos, generalizou o costume incivilizado de parte da população carioca se desobrigar atrás de todas as árvores, postes, esquinas e monumentos públicos da cidade. 
O município lançou uma campanha para combater esse mau costume. Tomara que dê algum resultado. O Rio continua lindo, mas esse mau costume dos cariocas ...
 
XIXI NAS RUAS DE BELÉM
Manhã de um ensolarado sábado de janeiro, eu estava praticando meu esporte predileto (corrida de rua) pela preciosa Praça da República quando percebi um homem caminhando de "modo suspeito" em direção a uma árvore pequena que fica a menos de cem metros da Guarda Municipal. Ele parou diante do vegetal e, sem o menor pudor, abriu o ziper, colocou para fora das calças suas partes pudendas e fez da plantinha seu mictório. Ao redor, crianças e senhoras passavam, mas o homem não se preocupou nem um momento com o fato de estar expondo seu órgão genital em público, nem pensou que algum pai, algum namorado, marido, amigo, um guarda, um policial, alguém poderia não gostar daquele atentado ao pudor. O gesto, afinal, pareceu tão natural, tào comum, tão repetido que ninguém, exceto a chata da Ana Maria, reclamou. 
É claro que fui até um guarda municipal pedir providências, mas o agente - que tem por missao cuidar do patrimônio municipal - em vez de tomar alguma atitude, justificou o ato daquele homem: "senhora, não há banheiro público, por isso fazem xixi na praça". Ah, tá, entendi. A Praça da República, um dos nossos mais lindos patrimônios, com seu respeitável conjunto arquitetônico nao merece cuidado, assim como as crianças e senhoras que por lá circulam devem se resumir a desviar a vista da grotesca cena de um homem mijando na rua, em plena manhã de sábado, em um pé de árvore da nossa cidade.  

BRASILEIRO É ASSASSINADO EM PORTUGAL POR URINAR NA RUA   

O brasileiro Luciano Correia da Silva, de 28 anos, foi assassinado na madrugada de 14/11/2010, por ter urinado na rua, na cidade de Caldas da Rainha, a 100 quilômetros de Lisboa, em Portugal. De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira, 16, pelo jornal português "Correio da Manhã", o crime ocorreu quando o rapaz e sua companheira saíram de um bar e voltavam para casa caminhando. 

"O meu marido parou para urinar e apareceu um homem, que nunca vi, mas que devia estar embriagado, e começou a insultá-lo, dizendo: ‘Brasileiro de m…vai para a tua terra, vagabundo’", contou Andressa Valéria, de 26 anos, ao "Correio da Manhã". Segundo a brasileira, o agressor, aparentemente de origem portuguesa, puxou um canivete assim que Luciano fechou o zíper da calça.

HISTÓRIA DO MAU COSTUME – até o rei fazia na rua
O historiador Milton de Mendonça Teixeira relata que não são poucos os viajantes que se referem à sujeira das ruas do Centro do Rio no início do século XIX. As casas não tinham banheiros. No máximo, uma “casinha” no quintal, cuja fossa era limpa à noite por um escravo, o qual recolhia o conteúdo em tonéis de barro e depois conduzia esse “cabungo” na cabeça até a praia ou terreno baldio mais próximo, onde era feito o despejo. Como, freqüentemente, esse tonel vazava e tingia o infeliz de malcheirosas manchas, o povo apelidava esses pobres escravos de “tigres”.
A urina, por sua vez, era despejada das janelas das casas em urinóis, em plena rua. Uma lei de 1776 obrigava apenas ao arremessante a bradar antes a advertência: “água vai!”.



Quanto ao povo, este se desobrigava em qualquer lugar. Não existiam pudores ou restrições. Afinal de contas, eram poucas as mulheres que saíam às ruas e, quando saíam, era aos domingos, e sempre acompanhadas de seus maridos ou pais. Nas ruas do Rio, no dia-a-dia de 1800, somente homens e escravos perambulavam. 

Para piorar a situação, o mau exemplo vinha do próprio Rei!
D. João VI comia muito. Devorava de quatro a seis frangos por refeição. Quando ele partia do Palácio de São Cristóvão em direção ao Centro, em sua carruagem não poderiam faltar um urinol, penico e os respectivos criados responsáveis pela sua higiene. No trajeto, a carruagem parava ao menos duas vezes. Quando era a vez do Rei “obrar”, a carruagem estancava, um criado montava o “trono” portátil e a guarda cercava Sua Majestade, impedindo os curiosos de ali passar. 

1 comentários:

Anônimo disse...

Dra. Ana Maria, tem xixi nas ruas de Barcarena?

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