A PONTA DO ICEBERG DA ASSEMBLÉIA

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Por Walmari Prata de Carvalho


“Mateus primeiro os meus” _ “Farinha pouca, meu pirão primeiro”, e, ”Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte”. Os ditos populares para perdurarem através dos tempos somente em razão das assertivas que trazem em seus conteúdos sublimados ratificados em centenárias gerações. Aparentemente a sabedoria de criá-los é do povo, mas, não resta duvida que a inspiração foi divina.
No recente escândalo eclodido na Assembléia Legislativa encontramos perfeitamente encaixado os ditames de aludidos “ditos populares”. Equivocam-se aqueles que imaginam que repousa apenas naquela casa de leis. Respeitando-se as proporções, e, a moeda circulante, basta termos um pouco de acuidade para o detectarmos pulverizados em quase todos os setores dos Poderes Constituídos.
Nossa Constituição determina o preenchimento de vagas no serviço publico mediante concurso. Todos os aprovados em específicos concursos, a principio são possuidores das qualidades técnicas profissionais, e, morais de ocuparem e exercitarem suas funções, e, em razão da dedicação educacional que buscaram para seus intelectos objetivando o crescimento pessoal, e, o embasamento para o êxito em específicos concursos projeta aspirações funcionais de crescimento dentro da empresa, o que, raramente ocorre em relação ao ápice na gestão de seu setor. Rotineiros impedimentos desmotivam, e, empobrecem o servidor e a execução do serviço.
O ocorrido na Assembléia Legislativa, onde o preenchimento das principais funções deu-se em razão de apadrinhamento políticos é espelho de conduta generalizada. Logicamente que estas pessoas caídas de pára-quedas no serviço jamais possuirão querência pelo lugar que ocupam sabem ser passageiro, logo, seu estatuto será a cartilha de seu padrinho. Governos entram, e,saem,os servidores concursados ficam passando a carregar a imagem criada pelos oportunistas de passagem que agora seguem seus senhores deixando para trás,terra arrasada.
Cota partidária, nepotismo cruzado, recompensa política são moedas sim, iguais as subtraídas do povo no esquema da Assembléia, apenas encontram-se sublimadas na justificativa da pretensa governabilidade, mas, no final o dinheiro continua sendo o nosso, a pagar os não concursados apadrinhados com mimos de toda ordem.
Enquanto os gestores maiores não tomarem vergonha na cara corrigindo rumos, e, liberando o serviço publico nas mãos dos servidores concursados, os setores eminentemente técnicos permanecerão politizados com divergentes cores, e, a população continuara sofrendo em decorrência da ineficácia das cúpulas dirigentes servidoras de senhores colocadas em tais funções provavelmente por serem profundos conhecedores e seguidores dos ditos populares acima.Enquanto isto,só nos resta agradecer ao MP,e,seu escudeiro Gilberto Martins,por terem a tempera de intervir esperando que sigam sempre em frente para felicidade de todos,e,a minha em especial,pois,somente assim poderemos depurar setores públicos pulverizados por política partidarizada a servir senhores.
Belém,20 de abril de 2011
WALMARI PRATA CARVALHO-CEL PM RR

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