JURAMENTO DE HIPÓCRATES.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Na cidade não se fala de outra coisa, o assunto é o caso das crianças gêmeas não atendidas na Santa Casa de Misericórdia. Todos apresentam seu ponto de vista. O Sindicato dos médicos faz passeata defendendo seus membros acusando a deficiência estatal. Outros responsabilizam diretamente a medica por omissão de socorro. Outros já admitem a hipótese da responsabilidade ser dos agentes de portaria. Divergências a parte, necessitamos urgentemente encontrar um termo comum, não somente para o recorrente caso, mas, para todos os setores de serviço, tanto o publico como o privado, caso em contrario todos sofrem.
Os deveres e obrigações de algumas profissões principalmente como a dos médicos, e, dos policiais divergem das demais por serem profissões de ponta no trato com o ser humano em sua segurança e preservação da vida. Para elas o tempo e o espaço, diferentemente das demais profissões é o agora. A rapidez de raciocínio e a pronta intervenção é fator fundamental entre o viver e o morrer.
O policial que mesmo de folga deixar de atender uma necessidade de segurança de qualquer cidadão estará cometendo o crime de omissão de socorro, pois, em qualquer circunstancia ele representa o Estado além de ser profissional juramentado com diretrizes estatuídas, que deve seguir. O mesmo foco ilumina a profissão de médico.
Na realidade afirmar-se que a médica omitiu socorro parece ainda prematuro, pois, a ligação entre os responsáveis pelo portão e a mesma não é funcional, mas, administrativa, e, os bombeiros somente poderiam caracterizar esta co-autoria administrativa da médica, se, na inicial tivessem dado voz de prisão aos porteiros conduzindo-os a presença da médica, para que a mesma ratificasse ou retificasse a ordem de manter os portões fechados que era uma ordem administrativa da direção da casa, inclusive confirmada pela diretora exonerada na mídia.
O Secretario de Saúde esta correto em sua abordagem do problema. Reconhece as deficiências de logística do estado, mas, esta correto em dizer que o medico não pode deixar de dar o primeiro atendimento a quem quer que seja, e, onde quer que seja.Deixou bem claro que a diretriz de governo é deixar o portão sempre aberto no amplo sentido.Esta corretíssimo em exonerar a Diretora da Santa Casa que, não seguiu diretriz traçada Pela Secretaria de Saúde,ao determinar  o fechamento dos portões.
O secretario de saúde errou ao escolher para dirigir importante setor, pessoa que não possui o perfil de trabalho em equipe, tanto que não conseguiu seguir uma diretriz maior, bem como, não conseguiu perceber o prejuízo social, e, as implicações funcionais que seu insensível e aparentemente simples ato de fechar uma porta poderiam ocasionar.

Belém, 24 de agosto de 2011.

WALMARI PRATA CARVALHO

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