Divisão do Pará: CONSIDERAÇÕES

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fonte: "ESTADO DO PARÁ: UMA ANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE FRAGMENTAÇÃO", feito por Miguel Diniz, Belém/Pa, Agosto de 2011

Não podemos deixar de reconhecer que, realmente, faltam políticas públicas para a região e que a mesma sofre com sérios problemas de desigualdades. Não há estradas asfaltadas, a saúde é precária, falta de segurança, educação e moradia. Entretanto, a divisão não é garantia de desenvolvimento para a região, pois estado pequeno não é sinônimo de estado justo e sem miséria. Os indicadores socioeconômicos, já citados, revelam que será inviável a criação destes novos estados, pois eles dependeriam de repasses do governo federal para sobreviver. Temos um território rico com o povo pobre, isso é fruto de um modelo de governo que enriqueceu a minoria e socializa a pobreza com a maioria.
Dividir o estado é dividir ainda mais a pobreza. Afirmar que a criação dos estados de Tapajós e Carajás a região irá se desenvolver, sem ao menos apontar elementos consistentes e embasados em estudos técnicos prévio, em como estes hipotéticos estados iriam sobreviver nos leva a crer que seriam ideias incutidas na população local, carente de serviços básicos, para atingir interesses políticos.
O que o Pará realmente necessita não é ser fragmentado e sim de uma gestão política que traga o povo para mais próximo do estado, gerando políticas públicas que atendam a população mais carente; um modelo de desenvolvimento que seja desenvolvido segundo as características de cada região e as necessidades de cada população, com transparência. Precisamos de modelos que não sejam gerados em Brasília e sim por nós
que conhecemos as nossa necessidades. Precisamos de um Pará forte e unido para transpormos as dificuldades.

3 comentários:

Jbrasil disse...

Não e não. Ninguem divide o Pará.
Até hoje o Governo Federal não resolveu os problemas socioeconomicos do nosso Estado, a exemplo disso é a transamazônica, há decadas esta inacabada. Acorda Pará.
Pricisamos de politicos sérios e comprometidos com a questão social e economica para desenvolver este Estado tão rico e ao mesmo tempo com tanta pobreza e miséria.
Jbrasil

Anônimo disse...

A FRASE DO DIA
Extraída de um comentário feito por Milton Xavier na Folha de SP:
Mesmo que o Lula perca a voz e aprenda a linguagem dos sinais,
continuará falando errado, pois lhe falta um dedo...

Professor Walber Wolgrand disse...

Querida Ana Maria,

Adorei a sua abordagem, mas analisarei apenas a principal solução que apresentaste para as mazelas paroaras: "O que o Pará realmente necessita não é ser fragmentado e sim de uma gestão política que traga o povo para mais próximo do estado, gerando políticas públicas que atendam a população mais carente"

Ora, Gestão Política é algo muito mais incerto neste país que dizer que os novos Estados não terão como se sustentar. A política no Brasil tem ocmo fundamento o FISIOLOGISMO. Veja os Ministérios do Esporte e do Trabalho. Totalmente loteados para "partidos aliados" que apenas possuem compromisso com os seus correligionários. Assim é a política neste país.

Voltando ao Pará. Analise o próprio MP. Por que o órgão no interior do Estado possui uma atuação tão precária se basta vontade administrativa e política de quem o dirige? Basta mencionar a recomendação do CNMP a respeito da lotação de promotores mas comarcas do Interior. O apadrinhamento é grande porque há interesse político por trás. Veja que estamos falando do MP, que não é um Estado Membro da Federação.

A sua colocação demonstra crença em dois campos humanos falidos, logo possui, no meu entendimento, cunho metafísico: EDUCAÇÃO e MORAL. Se os dirigentes fossem sérios e possuíssem boa conduta; e o povo, participação política consciente, a sua solução seria perfeita. Mas "nós somos educados pelos instrumentos, ou seja, por fatores externos", posto que a consciência política e administrativa não existem.

Mas a questão é polêmica e, por hora, me satisfaço com a sua honestidade intelectual.

Um fraterno abraço do Wolgrand!

Postar um comentário

 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB