Psicopatas - malvados ou doentes?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Na literatura e no cinema, o termo “psicopata” não é usado para definir alguém a se ter “pena” ou empatia, mas sim como uma pessoa muito má, que deve ser temida. No entanto, na atualidade, há médicos que entendem que os psicopatas sao pessoas que estão sofrendo de uma desordem, de forma que nao podem ser definidos como maus. 
A questão de a psicopatia ser ou não doença mental tem relevãncia penal para o direito brasileiro, pois, se o psicopata for tido como doente mental, ele não poderá ser condenado criminalmente, mas estará sujeito a aplicação de medida de segurança. 

Como a maioria dos médicos definem o psicopata? Clinicamente, como alguém com altos índices de falta de empatia, culpa e remorso. Em regra, é muito impulsivo e tende a não fazer planos ou pensar antes de agir, em especial quando jovem.
Muitos presidiários mostram sintomas de psicopatia, mas até agora há pouco estudo sobre suas condições.

Um caso conhecido
O serial killer Brian Dugan praticou vários estupros e assassinatos, como de Jeanine Nicarico, uma garota de sete anos, fato ocorrido em 1983. ele também praticou diversos outros estupros, além do assassinato de outras duas pessoas – uma menina também com 7 anos e uma enfermeira de 27. Os crimes foram praticados em Illinois, onde nao há pena de morte.
O neurocientista da Universidade do Novo México, Kent Kiehl, realizou ressonâncias magnéticas no cérebro dele para entender porque ele não demonstra nenhum remorso pelos seus atos, e sim uma total falta de sensibilidade.O cientista supõe que o comportamento antissocial de Dugan pode estar relacionado ao modo como seu cérebro funciona.
Para o Dr. Kiehl, a tentativa de entender as funções cerebrais de um psicopata pode contrubuir para desenvolver soluções dessa condição.

Uma máquina de ressonância magnética móvel usada em Dugan revelou que o cérebro dele "possui níveis pequenos de densidade no sistema límbico, diz o especialista. Esse sistema é formado por várias partes, entre elas a amígdala e o hipotálamo, e é responsável pelo processamento das emoções".
No último século, pessoas com danos nessa área cerebral têm sido estudadas porque seu comportamento subitamente mudava, tornando-as antissociais.
“Acreditamos que esses sistemas não se desenvolveram normalmente no cérebro de Brian”, afirma Kiehl. E isso talvez esteja determinado geneticamente.
De acordo com o especialista, os psicopatas têm falta de habilidade emocional, assim como outros não têm muita habilidade intelectual. Ele encontrou outros resultados similares em prisões americanas. Ele afirma que é possível tratar a doença e o tratamento não deveria começar após um ato terrível, mas com crianças que apresentam os sintomas do problema.

Crianças com sintomas de psicopatia geralmente respondem mal às técnicas usadas com crianças de comportamento apenas inadequado.
Devido à falta de capacidade emocional, quando professores tentam fazer com que eles sintam remorso, isso os deixa confusos, gerando ainda mais vontade de machucar os outros.
Se for possível desenvolver um diagnóstico específico para esse tipo de criança e, a partir daí, programas e tratamentos, é possível que se previna que individuos como Brian se tornem o que são hoje, diz Kiehl.

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