Arraial do Pavulagem realizou hoje, em Belém, a 10ª Edição do Cordão do Peixe Boi

domingo, 25 de março de 2012

O Arraial do Pavulagem realizou neste domingo a 10ª Edição do Cordão do Peixe Boi, nesta capital - a metrópole da Amazônia.
O Peixe-boi e seu cortejo desfilando pela Castilho França, passando em frente ao Mercado de Carne,
no complexo do Ver-o-Peso, Belém, capital da Amazônia, estado do Pará
Foto: Ana Maria
 
O Cordão do Peixe-Boi é a primeira das atividades do calendário anual do Instituto Arraial do Pavulagem, que inclui ainda dois outros cortejos populares nos meses de Junho e Outubro. Trata-se de um cortejo popular de cunho cultural, ambiental, ação educativa, artística e de mobilização sócio-ambiental. Os cordões de bichos são formas de carnavalização populares e a festa se realiza pelas ruas do centro comercial e da Cidade Velha. Trata-se de um desfile, com seus formatos coloridos, manifestações cênicas e musicais espontâneos.

A escolha do peixe-boi é estratégica. O brinquedo de rua, confeccionado todo em armação de arame, ganhou uma roupagem que alia arte e reciclagem. Tratando um olhar para a responsabilidade ambiental em um cenário lúdico de simbolos da natureza feitos com materiais reaproveitados como PET e papelão.

O grande cortejo reune, em desfile, todos os integrantes das atividades e mostram tudo o que aprenderam nas oficinas de ritmo e percussão, cantos populares, sopro em metais e confecção de objetos simbólicos, realizadas pelo Instituto Arraial do Pavulagem.

O cortejo reuniu cerca de quatro mil brincantes na escadinha do Cais do Porto (na Praça Pedro Teixeira). Depois, saiu pela Boulevard Castilho França até a praça do Relógio.

Eu estava lá na Boulevard Castilho França e pude apreciar o desfile formado pelo estandarte, pelas marujas (máscaras que vestem alguns dos participantes, lembrando seres encantados da natureza), fotografei o Peixe-Boi (boneco confeccionado pela In Bust Teatro), e vi o peixinho, o efeito de água, bichos da água, canoa de miriti com flores, canoa com frutas, rede de pesca e bandeiras coloridas. E muita alegria por parte dos brincantes.

Abaixo, mais fotos que tirei do cortejo:
Brincantes usando marujas e pernas de pau
Foto: Ana Maria
Brincantes do Cordão do Peixe-boi animam a cidade com cultura e diversão.
Foto: Ana Maria


Programação da 10ª Edição do Cordão do Peixe Boi
Dia 25 de março, domingo. Saída da escadinha da Estação das Docas.
Brilho da Aurora - Desde 2011, quando o Instituto Arraial do Pavulagem criou esse momento na programação do Cordão do Peixe-Boi, o Brilho da Aurora inaugura os trabalhos para o início do cortejo. Inspirado nas alvoradas das festividades de santos do interior do Pará, ele representa o instante para celebrar o nascer da manhã e a vida. Realizada no cais da escadinha da Estação das Docas, a apresentação é um convite para contemplar os primeiros raios do dia e repensar horários mais saudáveis para a prática cultural em espaços públicos. Simboliza a esperança, a renovação e o despertar da cidade junto com a natureza.
Horário: 5h
Ouça ou baixe as músicas aqui.
 
Roda Cantada - Durante a concentração para a saída do cortejo pelas ruas de Belém, centenas de brincantes aguardam a chegada do símbolo da festa, o Peixe-Boi, um brinquedo lúdico que resgata a preocupação com a natureza e o cuidado com o planeta. Enquanto ele não surge das águas dos rios da Amazônia, para sobrevoar a multidão e denunciar o desrespeito com o meio ambiente, os participantes das oficinas de dança, percussão e técnica circense mergulham na rítmica, no imaginário amazônico e na obra de compositores tradicionais e contemporâneos da música da região.
Horário: 7h
Ouça ou baixe as músicas aqui.
Saída do cortejo: 8h
Trajeto: Arredores da Praça dos Estivadores e Ver-o-Peso
Chegada: Praça dos Estivadores
 
Atividades na Praça dos Estivadores e Arredores:
Roda Ancestral: Quando o Cordão do Peixe-Boi chega à praça um grande círculo se forma. Homens, mulheres e crianças entoam cantos e executam ritmos e movimentações de danças tradicionais que evocam e reverenciam a ancestralidade do povo amazônico, construída sob a herança de matrizes africana, ribeirinha, indígena e europeia. A roda ancestral é uma forma de vivenciar as origens e raízes que foram o povo da Amazônia e garantir a transmissão desses saberes para as novas gerações.

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